Introdução a como funcionam os discos Blu-rayEm 1997, surgiu uma nova tecnologia que trouxe o som e o vídeo digitais para todo o mundo. Ela se chamava DVD e revolucionou a indústria do cinema.
A indústria está preparada para mais uma revolução com a introdução dos Blu-ray Discs ou discos BD. Com sua grande capacidade de armazenamento, os discos Blu-ray podem guardar e reproduzir enormes quantidades de vídeo e áudio em alta definição, assim como fotos, dados e outros conteúdos digitais.Neste artigo, explicaremos como funciona o disco Blu-ray, como ele foi desenvolvido e ver como ele se compara em relação a alguns outros formatos de vídeo digital.
Um DVD padrão atual, de lado único, pode armazenar 4,7 GB (gigabytes) de informação. Esse é aproximadamente o tamanho de um filme padrão médio de duas horas com alguns poucos recursos extras. Mas um filme em alta definição, que possui uma imagem muito mais nítida (veja Como funciona a televisão digital), ocupa cerca de cinco vezes mais largura de banda aparelhos de TV e estúdios de cinema migram para a alta definição, os consumidores precisam de sistemas de reprodução com muito mais capacidade de armazenamento. e, portanto, requer um disco com cerca de cinco vezes mais espaço. À medida que os
O Blu-ray é o disco de vídeo digital da próxima geração, podendo gravar, armazenar e reproduzir vídeo em alta definição e áudio digital, assim como dados de computador. A vantagem do Blu-ray é a incrível quantidade de informação que ele pode guardar [Fonte: Documento Técnico: Formato de disco Blu-ray]:
- Um disco Blu-ray de camada única, que tem aproximadamente o mesmo tamanho de um DVD, pode guardar até 27 GB de dados, o que é mais de duas horas de vídeo em alta definição ou cerca de 13 horas de vídeo padrão;
- Um disco Blu-ray de camada dupla pode armazenar até 50 GB, suficientes para guardar cerca de 4,5 horas de vídeo em alta definição ou mais de 20 horas de vídeo padrão. E ainda há planos em andamento para desenvolver um disco com duas vezes essa quantidade de armazenamento.
Vamos aprender sobre as diferenças entre Blu-Ray e DVD.
O Nome Blu-ray
O nome Blu-ray é uma combinação em inglês
de "blue", azul, relativo à cor do laser que é usado, e "ray",
de raio óptico. De acordo com os fabricantes, o "e"
de "blue" foi retirado propositalmente porque uma
palavra de uso diário não pode ser
registrada como marca comercial.
O nome Blu-ray é uma combinação em inglês
de "blue", azul, relativo à cor do laser que é usado, e "ray",
de raio óptico. De acordo com os fabricantes, o "e"
de "blue" foi retirado propositalmente porque uma
palavra de uso diário não pode ser
registrada como marca comercial.
Construindo um disco Blu-ray
Os discos Blu-ray não só têm maior capacidade de armazenamento do que os DVDs tradicionais como também oferecem um novo nível de interatividade. Os usuários podem conectar-se à Internet e fazer instantaneamente o download de legendas e outros recursos interativos do filme - desde que esses recursos sejam disponibilizados pelas produtoras de cinema. Com um disco Blu-ray você pode:- gravar televisão em alta definição (HDTV) sem qualquer perda de qualidade
- saltar instantaneamente para qualquer ponto do disco
- gravar um programa enquanto assiste a outro no disco
- criar playlists (listas de reprodução)
- editar ou reordenar programas gravados no disco
- buscar automaticamente um espaço vazio no disco para evitar gravar sobre outro programa
- acessar a Web para o download de legendas e outros recursos extras
Ao contrário dos DVDs atuais, que usam um laser vermelho para ler e gravar os dados, o Blu-ray usa um laser azul (de onde vem o nome do formato). Um laser azul possui menor comprimento de onda (405 nanômetros) do que um laser vermelho (650 nanômetros). O feixe menor focaliza com mais precisão, o que habilita a leitura de informações gravadas em cavidades com apenas 0,15 mícron (µm) (1 mícron = 10-6 metros) de comprimento: mais de duas vezes menores do que as cavidades em um DVD. Além disso, o Blu-ray reduziu o passo da trilha de 0,74 mícron para 0,32 mícron. O conjunto de cavidades, feixe e passo da trilha menores capacitam um disco Blu-ray de camada única a guardar mais de 25 GB de informação, cerca de cinco vezes a quantidade de informações que pode ser armazenada em um DVD.
Fonte: Blu-ray Disc Association |
Saiba como os dicos blu-ray superaram essas questões.
Como o Blu-ray lê os dados
O disco Blu-ray supera as questões quanto à leitura do DVD ao colocar os dados na parte superior de uma camada de policarbonato de 1,1 mm de espessura. Ter os dados na parte superior evita a birrefringência e evita problemas de legibilidade. Além disso, com a camada de gravação situada mais próxima da lente objetiva do mecanismo de leitura, o problema de inclinação do disco é virtualmente eliminado.
Como os dados estão mais próximos da superfície, um revestimento duro é colocado no lado externo do disco para protegê-lo de arranhões e impressões digitais.
O design dos discos Blu-ray economiza nos custos de produção. Os DVDs tradicionais são feitos por uma moldagem por injeção dos dois discos de 0,6 mm entre os quais a camada de gravação é inserida. O processo deve ser feito com muito cuidado para evitar a birrefringência.
O Blu-ray tem uma taxa de transferência de dados mais alta - 36 Mbps, megabits por segundo, do que os DVDs de hoje, que transferem a 10 Mbps. Um disco Blu-ray pode gravar 25 GB de material em pouco mais de uma hora e meia.
Formatos
O Blu-ray vai substituir os DVDs anteriores? Seus fabricantes esperam que sim. Nesse meio tempo, a JVC desenvolveu um disco combo Blu-ray/DVD com uma capacidade aproximada de 33,5 GB que permite reproduzir vídeo em ambos os formatos em um único disco. Mas o Blu-ray não está sozinho no mercado. Alguns outros formatos estão competindo por uma participação no mercado do DVD.
O Blu-ray e o HD-DVD eram os dois maiores concorrentes no mercado, mas também havia outros competidores. A Warner Brothers Pictures desenvolveu seu próprio sistema, chamado HD-DVD-9. Esse sistema usa uma taxa de compressão mais elevada para colocar mais informações (cerca de duas horas de vídeo de alta definição) em um DVD padrão. Taiwan criou o Forward Versatile Disc (FVD, disco versátil avançado), uma versão melhorada dos DVDs de hoje que permite maior capacidade de armazenamento (5,4 GB em um disco de uma camada e 9,8 GB em um disco de duas camadas). E a China apresentou o Enhanced Video Disc (EVD, disco de vídeo intensificado), outro disco de vídeo em alta definição.
Há também as versões profissionais da tecnologia do laser azul. A Sony desenvolveu o XDCAM e o ProData (Professional Disc for Data ou disco profissional para dados). O primeiro se destina ao uso por transmissores e estúdios de AV. O segundo serve principalmente para armazenamento de dados comerciais (por exemplo, backup de servidores).
No Brasil, a tecnologia ainda está engatinhando, mas os primeiros títulos já começaram a chegar ao mercado, assim como os primeiros players. Em junho de 2008, os brasileiros já podiam comprar títulos de figurões do rock, do pop e do jazz em lojas especializadas com preços mais acessíveis - entre R$ 79,90 e R$ 99,90. "Ainda temos de importar nossos produtos, mas fizemos o mesmo dez anos atrás, quando o DVD era novidade", disse à Folha de S.Paulo Cláudio Silberberg, diretor da gravadora ST2, que lançou o primeiro pacote de blu-rays musicais no país.
O empecilho maior para o fortalecimento do Blu-ray no país ainda é o preço dos players, em torno de R$ 1.800. Isso acaba restringindo o público dessa tecnologia. De acordo com Marcus Fabricio, gerente de marketing da Sony BMG, a queda dos preços do hardware de Blu-ray será fundamental para que esse formato amplie sua base de consumidores, ou mesmo para que a fabricação nacional seja iniciada. A fabricação nacional de Blu-ray players começou no primeiro semestre de 2009. Estima-se que, com a produção nacional dos aparelhos, o preço caia pela metade.
Mesmo que o novo padrão de vídeo comece a substituir as tecnologias atuais, os consumidores não irão jogar fora seus DVDs, mas precisarão investir em um novo player. A indústria planeja comercializar drives com compatibilidade retroativa
para ambos os lasers, azul e vermelho, e que serão capazes de reproduzir tanto os DVDs e CDs tradicionais quanto os discos Blu-ray.
Como os dados estão mais próximos da superfície, um revestimento duro é colocado no lado externo do disco para protegê-lo de arranhões e impressões digitais.
Fonte: Blu-ray Disc Association |
- Os dois discos são moldados.
- A camada de gravação é acrescentada a um dos discos.
- Os dois discos são colados um no outro.
Foto cedidaBlu-ray Disc Association Pesquisador de disco BD-ROM |
Ao contrário dos DVDs e CDs, que começaram com formatos somente leitura e mais tarde foram acrescentados formatos graváveis e regraváveis, o Blu-ray é projetado já de início em diversos formatos diferentes.
- BD-ROM (somente leitura): para conteúdo pré-gravado.
- BD-R (gravável): para armazenamento de dados de PC.
- BD-RW (regravável): para armazenamento de dados de PC.
- BD-RE (regravável): para gravação de HDTV.
O futuro do Blu-ray
O Blu-ray vai substituir os DVDs anteriores? Seus fabricantes esperam que sim. Nesse meio tempo, a JVC desenvolveu um disco combo Blu-ray/DVD com uma capacidade aproximada de 33,5 GB que permite reproduzir vídeo em ambos os formatos em um único disco. Mas o Blu-ray não está sozinho no mercado. Alguns outros formatos estão competindo por uma participação no mercado do DVD.
Concorrentes do Blu-ray
O HD-DVD, também chamado de AOD (de disco óptico avançado, em inglês), era o grande concorrente. Era, porque o projeto foi enterrado em 2008. O HD-DVD já estava em andamento antes do DVD comum, mas seu desenvolvimento real começou somente em 2003. A vantagem do HD-DVD era que ele usava o mesmo formato básico de disco que o DVD tradicional e, assim, podia ser fabricado com o mesmo equipamento, economizando nos custos. A desvantagem é que ele não podia competir com a capacidade de armazenamento do Blu-ray. Um HD-DVD regravável de camada única pode guardar 15 GB de dados, enquanto um disco de camada dupla pode guardar 30 GB (comparado aos 27 GB e 50 GB do Blu-ray). As versões somente leitura guardam um pouco menos de dados. Além disso, o HD-DVD não oferecia as capacidades interativas do Blu-ray. Justamente por isso, o formato HD-DVD, defendido pela Toshiba, acabou perdendo a guerra para o Blu-ray, do consórcio liderado pela Sony. Em fevereiro de 2008, a Toshiba anunciou que não fabricaria mais aparelhos HD-DVD, deixando o espaço livre para que o formato Blu-ray se transformasse em padrão de mercado de discos de alta definição.O Blu-ray e o HD-DVD eram os dois maiores concorrentes no mercado, mas também havia outros competidores. A Warner Brothers Pictures desenvolveu seu próprio sistema, chamado HD-DVD-9. Esse sistema usa uma taxa de compressão mais elevada para colocar mais informações (cerca de duas horas de vídeo de alta definição) em um DVD padrão. Taiwan criou o Forward Versatile Disc (FVD, disco versátil avançado), uma versão melhorada dos DVDs de hoje que permite maior capacidade de armazenamento (5,4 GB em um disco de uma camada e 9,8 GB em um disco de duas camadas). E a China apresentou o Enhanced Video Disc (EVD, disco de vídeo intensificado), outro disco de vídeo em alta definição.
Há também as versões profissionais da tecnologia do laser azul. A Sony desenvolveu o XDCAM e o ProData (Professional Disc for Data ou disco profissional para dados). O primeiro se destina ao uso por transmissores e estúdios de AV. O segundo serve principalmente para armazenamento de dados comerciais (por exemplo, backup de servidores).
Disponibilidade do Blu-ray
Os gravadores Blu-ray já estão disponíveis no Japão há algum tempo, onde mais consumidores têm acesso à HDTV do que nos Estados Unidos ou o restante do mundo. Nos EUA, o Blu-ray já está ganhando espaço, com títulos gravados no formato duplo por gravadoras e produtoras e vídeo. Até junho de 2006, a tecnologia era mais utilizada para armazenamento de grandes quantidades de dados e em gravações profissionais e domésticas. A partir de maio daquele ano, a Samsung Electronics America Inc. colocou o primeiro disc player Blu-ray da indústria para os lojistas do mercado americano, e a Sony Pictures Home Entertainment disponibilizou alguns de seus títulos no formato de alta definição, como os populares "Como se Fosse a Primeira Vez", "O Quinto Elemento", "Hitch: Conselheiro Amoroso" e "O Clã das Adagas Voadoras". Hoje, os títulos Blu-ray podem ser encontrados em qualquer loja de departamento dos EUA. No mercado americano, um player pode ser encontrado por até US$ 320,00, enquanto os discos já chegam a custar menos de US$ 15,00.No Brasil, a tecnologia ainda está engatinhando, mas os primeiros títulos já começaram a chegar ao mercado, assim como os primeiros players. Em junho de 2008, os brasileiros já podiam comprar títulos de figurões do rock, do pop e do jazz em lojas especializadas com preços mais acessíveis - entre R$ 79,90 e R$ 99,90. "Ainda temos de importar nossos produtos, mas fizemos o mesmo dez anos atrás, quando o DVD era novidade", disse à Folha de S.Paulo Cláudio Silberberg, diretor da gravadora ST2, que lançou o primeiro pacote de blu-rays musicais no país.
O empecilho maior para o fortalecimento do Blu-ray no país ainda é o preço dos players, em torno de R$ 1.800. Isso acaba restringindo o público dessa tecnologia. De acordo com Marcus Fabricio, gerente de marketing da Sony BMG, a queda dos preços do hardware de Blu-ray será fundamental para que esse formato amplie sua base de consumidores, ou mesmo para que a fabricação nacional seja iniciada. A fabricação nacional de Blu-ray players começou no primeiro semestre de 2009. Estima-se que, com a produção nacional dos aparelhos, o preço caia pela metade.
Mesmo que o novo padrão de vídeo comece a substituir as tecnologias atuais, os consumidores não irão jogar fora seus DVDs, mas precisarão investir em um novo player. A indústria planeja comercializar drives com compatibilidade retroativa
para ambos os lasers, azul e vermelho, e que serão capazes de reproduzir tanto os DVDs e CDs tradicionais quanto os discos Blu-ray.
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